sábado, 2 de junho de 2012

Malhação íntima



Não vcs não leram errado, qdo li essa matéria no site da revista Claúdia (minha nova queridinha) lembrei do blog.
Pq??
Porque todas nós teremos filhos um dia, ficaremos mais velhas e achei legal as informações sobre o assunto:


Levantar os braços e acenar animadamente pode ser um problema para mulheres a partir dos 35 anos. A musculatura interna do braço balança sem constrangimento, lembrando-nos de que, com a idade, os músculos perdem firmeza. Com o tempo, as fibras de sustentação vão cedendo, ficam menos rijas, com capacidade de contração reduzida. Isso ocorre também com a musculatura genital. “A flacidez nessa região é um processo fisiológico que faz parte do envelhecimento do corpo. Ou seja, vai acontecer com todas as mulheres em diferentes proporções. A intensidade varia de acordo com o número de partos, o tamanho dos bebês que nasceram de parto normal, os níveis hormonais e até mesmo a consciência corporal que a mulher tem para utilizar, a seu favor, a musculatura genital”, explica Carolina Ambrogini, ginecologista e sexóloga do Projeto Afrodite, da Unifesp, em São Paulo. O projeto é pioneiro no Brasil e atende mulheres com dificuldades sexuais em três frentes: ginecológica, psicológica e fisiológica, por meio da fisioterapia uroginecológica – nome da especialidade que estuda, formula e monitora exercícios e práticas para fortalecer a musculatura genital. “Os primeiros exercícios foram desenvolvidos pelo médico americano Arnold Kegel, em 1948, para tratar pacientes com incontinência urinária, já que existe uma relação clara com a fraqueza da musculatura perineal. “No entanto, esse médico observou que as sessões, além de tratar a perda involuntária de urina, melhoravam também a vida sexual feminina ao aumentar a capacidade de lubrificação e tornar o orgasmo mais fácil”, explica Melissa Medeiros Braz, fisioterapeuta especializada em saúde da mulher, professora da Universidade Federal de Santa Maria (RS) e coautora de um trabalho acadêmico sobre o assunto.

Foram necessários meio século e muita comprovação científica para que a fisioterapia entrasse na seara da sexualidade como mais uma ferramenta para favorecer o prazer. “É quase como uma segunda revolução sexual. A primeira foi sociocultural, com os jovens clamando por liberdade no comportamento sexual. Essa segunda revolução é mais funcional, focada no autoconhecimento e no desejo de potencializar as possibilidades de prazer”, comenta Gustavo Fernando Sutter de La Torre, fisioterapeuta especializado em ginecologia, de Florianópolis. “É a chave da feminilidade”, acredita Mirian Kracochansky, fisioterapeuta com doutorado em urogeriatria, de São Paulo. “Barriga tanquinho não segura ninguém. Já esse trabalho pélvico melhora muito a vida sexual do casal.”


As sessões

O assoalho pélvico, ponto trabalhado com especial dedicação durante a fisioterapia, é um complexo de músculos e ligamentos que se estende do início da vulva ao cóccix e circunda o canal vaginal, a uretra, o clitóris e o ânus. Os exercícios são direcionados principalmente para o músculo da parede vaginal, mas também para outros próximos ao clitóris. As sessões são baseadas em exercícios de contração e relaxamento dos músculos genitais, com graus de dificuldade ou intensidade aumentados a cada etapa do tratamento. O movimento básico é aquele de segurar o xixi, contraindo a musculatura perineal. Depois, acessórios ou aparelhos entram em cena para aprimorar a terapia. Um exemplo são os pequenos cones, com pesos diferentes, inseridos no canal vaginal – para conseguir segurá- los lá dentro, é preciso se concentrar e promover uma musculação interna. As posturas durante os exercícios também mudam, para dificultar. Deve-se começar deitada ou sentada, depois fica-se de pé, caminhando, subindo e descendo escadas, ou até mesmo na piscina, sempre exercitando a respiração e a consciência corporal. Tente: pare de ler agora e contraia o assoalho pélvico. Essa solicitação, inicialmente simples, confunde a maioria das mulheres. A pesquisadora norueguesa Kari Bo, especializada na reabilitação dos músculos pélvicos, afirma que apenas 30% das mulheres atendem corretamente ao pedido. O restante contrai o abdome, o glúteo, qualquer outra região, menos a indicada, o que demonstra pouca familiaridade com essa parte do corpo e o pouco uso dela para alcançar o orgasmo.
Além dos cones, há alguns aparelhos que medem a força perineal ou enviam ondas elétricas para a área genital com o objetivo de despertar a musculatura e, aos poucos, torná-la mais sensível. “Os exercícios que fortalecem essa musculatura deveriam ser ensinados por todos os ginecologistas para todas as suas pacientes. Não há idade específica para praticá-los e podem ser feitos de forma preventiva por qualquer mulher, mesmo as jovens”, recomenda Carolina Ambrogini.

Força interior

A diferença entre um músculo flácido e outro trabalhado com fisioterapia genital é percebida claramente durante a relação sexual. “A musculatura do assoalho pélvico, quando tonificada, torna-se mais vascularizada, enervada, muito sensível ao toque e propensa ao prazer. Ela também poderá dar respostas sexuais mais rápidas, fazendo contrações mais intensas durante a penetração e, assim, facilitando a conquista do orgasmo, tanto da mulher quanto do homem”, explica Maria Angélica Alcides, fisioterapeuta especializada em saúde da mulher e coordenadora de fisioterapia no Projeto Afrodite. Melissa Braz acrescenta: “A contração eficiente dessa musculatura torna a parede vaginal ‘mais apertada’, capaz de prender e pressionar o pênis e, principalmente, aumentando o atrito entre ele e a vagina durante o ato. O clitóris também passa a ser mais estimulado”. Há também o trabalho de fisioterapia específico para mulheres que não precisam enrijecer o assoalho pélvico, e sim relaxá-lo, desfazer tensões ou nódulos. O objetivo, aqui, é tratar o vaginismo e eliminar a dor durante a penetração.


Para fazer em casa

A fisioterapeuta Melissa Braz indica três exercícios que podem ser feitos para o início de um trabalho de fortalecimento pélvico


1. Contração perineal lenta
Sente-se bem acomodada sobre os ísquios (ossinhos da região glútea), com as costas eretas e apoiadas, os joelhos flexionados e os pés no chão. Inspire pelo nariz e, durante a expiração, contraia os músculos perineais como se estivesse interrompendo o jato urinário, tentando permanecer com a contração durante toda a expiração. É importante não trancar o ar e não contrair o bumbum nem as coxas, isolando somente a musculatura perineal. Pode-se iniciar com contrações de três segundos.
2. Contração perineal rápida
Na posição que desejar, faça dez contrações rápidas da região perineal, de cerca de um segundo cada uma. depois, repouse o dobro do tempo. Esse exercício aumenta a lubrificação vaginal e pode ser feito no início do ato sexual, com essa finalidade, ou durante a penetração.


3. Báscula pélvica
Levante-se, deixe os joelhos levemente dobrados e coloque as mãos na cintura. inspire, puxando o ar pelo nariz, e faça o movimento de projetar a pelve para a frente, como se quisesse esconder o bumbum. ao expirar, soltando o ar pela boca, leve a pelve para trás, “arrebitando” os glúteos.

Elas contam

“Eu não conseguia ter prazer. Isso fez com que eu me desinteressasse pelo sexo. Então, conversando com minha ginecologista, resolvi tentar a fisioterapia. No começo, me sentia sem graça com os exercícios no consultório, mas depois fui me acostumando. O resultado é nítido. Hoje conheço bem o meu corpo. Chego ao orgasmo com o meu marido e sozinha também.”
Dinarte Matos, 46 anos, dona de casa, casada

“Depois do primeiro parto, perdi todo o interesse por sexo. Sentia dor. Procurei uma fisioterapia e descobri que havia uma razão psicológica: eu tinha sofrido um aborto pouco antes e ‘fechava’ a musculatura como reação inconsciente. Com os exercícios, me soltei e aprendi a trabalhar o assoalho pélvico. Agora, no segundo casamento, voltei a procurar a fisioterapia após ter outro filho. Não tive mais dor e meu desejo se mantém aceso. Hoje sou praticamente uma gueixa.”
H. I., 35 anos, professora, casada

Eu achei bem interessante, acho que melhora a auto estima da mulher !!

Beijos =)

Um comentário: