- Vamos conversar lá em cima - ele a arrastou em
direção ao elevador, longe dos olhares alheios.
- Eu não tô a fim de conversar - ela se jogou em
cima dele e mordeu-lhe a pontinha da orelha - eu quero sexo selvagem, animal.
Agora. Você tá tentando me levar para a cama o tempo todo. Agora é sua chance.
- Existem regras - ele murmurou, movimentando-se
como um bêbado enquanto ela se jogava em cima dele. Um dos dois, ele pensou,
precisava de um banho frio.
- Ah, agora você tem regras - rindo, ela tirou a
camisa dele de dentro da calça. Enquanto suas mãos acariciavam as costas dele,
indo até a barriga, ele se esforçava para colocar a chave na fechadura.
- Deus me ajude. Miranda... Jesus.
- Faz amor comigo. Toca em mim. Eu quero suas mãos
em mim.
Elas já estavam fazendo isso. Ele não conseguiu
impedir que suas mãos se ajustassem àquele bumbum bem torneado. Seu sangue
gritava por ela, sua língua se misturava à dela. O resto de sanidade que lhe
restava estava fraquejando.
- Você vai se odiar e me odiar amanhã de manhã.
- E daí? - ela riu novamente, e seus olhos estavam
intensamente azuis quando se fixaram nos dele. Sacudiu o cabelo e Ryan foi
tomado por um desejo avassalador. - isso é agora.
Seus olhares permaneceram fixos um no outro
enquanto ele a carregava para o quarto.
- Então vamos ver quanto tempo o agora
dura. E não se esqueça, Dra. Jones... - ele segurou o lábio inferior dela com
os dentes, mordeu, apertou, soltou.
Caíram juntos na cama, o luar entrando pelas
portas, a sombra de seus corpos. O peso dele a excitou, as linhas duras daquele
corpo pressionando o seu no colchão. As bocas encontraram-se novamente num
beijo quase de cobiça, violento, depois se engajando num emaranhado ardente, de
mordidas suaves.
Ela queria tudo, e mais. Tudo, e o impossível. E
sabia que, com ele, teria.
Aconchegou seu corpo ao dele, sem querer ser
passiva. Os movimentos brutos fizeram sua cabeça girar, o ar saía-lhe permeado
de gemidos e gargalhadas. Na sua pressa de sentir a carne, agarrou a camisa
dele, arrebentando os botões de seda elegante.
Ele não teria tanta vontade de diminuir a
velocidade das ações quanto tinha de congelar o tempo. Suas mãos rápidas e
cuidadosas eram velozes ao tirar o sutiã dela, depois as preencheu com os seios
de Miranda.
Quando o toque não foi suficiente, ele a girou,
ficou em cima dela novamente e a devorou.
Ela gemeu, arqueando o corpo quando lábios, dentes
e língua cobriam seu corpo. Suas unhas afundaram nas costas dele, arranhando os
músculos enquanto ondas de prazer percorriam seu corpo. As sensações a tomavam
numa confusão de dores gloriosas, prazeres obscuros e nervos à flor da pele.
Ele puxou a calça impecável de algodão dela pelos
quadris e mergulhou a língua no centro daquele calor ardente. O orgasmo foi
instantâneo, violento, e paralisou os dois de tanto prazer. Ela soluçou o nome
dele, os dedos presos ao cabelo daquele homem, enquanto o alívio reconstruía a
necessidade. E a necessidade crescia desesperadamente em direção à exigência.
O corpo dela era um milagre, uma obra de arte,
tronco e pernas longas, pele branca como o leite, os músculos tesos. Ele queria
saboreá-la, lambê-la de cima a baixo. Queria enterrar seu rosto naquela queda
livre de cabelos até ficar surdo e mudo.
Rolaram novamente, lutando sobre a cama, tentando
um ao outro com mordidas e carícias.
A vista de Miranda embaçou, os pulmões pegaram fogo
enquanto outro orgasmo a convulsionava, percorrendo seu corpo em grandes
choques de energia. Sua respiração era uma série de pequenos gritos queimando
em seu peito, o corpo inacreditavelmente acordado em cada toque, cada afago. O
rosto dele parecia nadar sobre o dela, depois entrou em foco. E ele mergulhou
dentro dela.
Todo movimento cessou, não fosse aquele instante
sensual e atemporal. Juntos, admiravam um ao outro. Devagar, num único movimento,
ela levou as mãos às costas dele e depois lhe agarrou os quadris.
Juntos, começaram a se movimentar, a velocidade
crescente, os corpos deslizando de suor, prazer e mais prazer, prazer que
derrubava os corpos e dominava as mentes.
Tudo, e mais, ela pensou ao se encaminhar para o
ápice. Tudo, e o impossível. Encontrou o que queria ao grudar-se a ele e
estilhaçar-se.
E aí, gozaram ... ops ... gostaram?
Coloque a cabeça para funcionar e mãos a obra ...
Que esse final de semana seja ... gostosooo demais !!
Bjinhuss !!
ps. esse conto foi retirado do livro "Belíssima" da Ed. Bertrand Brasil
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